Esta disciplina aborda duas questões principais: a micro e a macroeconomia. Essa divisão facilita a compreensão dos conceitos. Convém então explicar as principais diferenças dessas duas abordagens.
Os problemas econômicos podem ser vistos e analisados sob duas ópticas que se complementam: a microeconomia e a macroeconomia.
Ocupa-se da análise do comportamento das unidades econômicas como as famílias, ou consumidores, e as empresas. Estuda também os mercados em que operam os demandantes e ofertantes de bens e serviços. A perspectiva microeconômica considera a atuação das diferentes unidades econômicas como se fossem unidades individuais.
A microeconomia é aquela parte da teoria econômica que estuda o comportamento das unidades, tais como os consumidores, as indústrias e empresas e suas inter-relações.
Parte dos fundamentos microeconômicos para o estudo do desenvolvimento global da economia, ou seja, estuda e analisa a economia como um todo. Assim, são considerados a renda nacional, o desemprego, a inflação, a balança de pagamento e as taxas de câmbio e o crescimento econômico.
A macroeconomia estuda o funcionamento da economia em seu conjunto. Seu propósito é obter uma visão simplificada da economia que, porém, ao mesmo tempo, permite conhecer e atuar sobre o nível da atividade econômica de um determinado país ou de um conjunto de países.
Aluno, veja na prática a diferença entre o estudo da macro e da microeconomia:
Interessante, não é?
Observe como os conceitos se complementam!
Alunos(as), nas próximas aulas, aprofundaremos a Teoria Microeconômica, que consiste principalmente na análise de demanda, oferta e estruturas de mercado.
A análise microeconômica, ou Teoria dos Preços, como parte da Ciência Econômica, preocupa-se em explicar como se determina o preço dos bens e serviços, bem como dos fatores de produção. O instrumental microeconômico também procura responder a questões aparentemente triviais como, por exemplo: porque, quando o preço de um bem se eleva, a quantidade demandada desse bem deve cair ceteris paribus.
Utilizaremos com bastante frequência a expressão ceteris paribus, que significa “tudo o mais mantido constante”. Como um fenômeno econômico é normalmente influenciado por vários fatores ao mesmo tempo, essa premissa é importante, pois permite analisar certo fenômeno atribuindo um foco específico ao seu elemento causador.
Entretanto, deve-se salientar que se a Teoria Microeconômica não é um manual de técnicas para a tomada de decisões do dia a dia, mesmo assim ela representa uma ferramenta útil para estabelecer políticas e estratégias, dentro de um horizonte de planejamento tanto no nível de empresas quanto no nível de política econômica.
Para complementar essa definição, trago os autores Vasconcellos, Oliveira e Barbieri (2011). De acordo com esses autores, a microeconomia fornece o instrumental de análise que é empregado por praticamente todos os ramos do pensamento econômico dominante. Ela fornece uma base teórica para as disciplinas de economia aplicada, tais como: Economia do Setor Público, Economia da Saúde, Economia da Educação, Economia do Trabalho, Economia Agrícola, Economia Internacional, Economia do Meio Ambiente, etc. Três princípios caracterizam a elaboração da teoria microeconômica:
Pressupõe-se que a economia é composta por unidades tomadoras de decisão ou agentes econômicos. Essas unidades são usualmente (mas não necessariamente) classificadas em dois grandes grupos: as firmas, que tomam decisões relativas à produção de bens e serviços, e os consumidores, que, como o nome sugere, tomam decisões concernentes ao consumo desses bens e serviços. Um consumidor pode ser entendido tanto como um indivíduo isolado quanto como uma família que toma decisões de consumo coletivamente. As firmas são normalmente interpretadas como pessoas jurídicas vinculadas à produção de bens e serviços;
A cada unidade decisória é atribuída uma função-objetivo, que se supõe perseguida coerentemente. Frequentemente (mas também não necessariamente), assume-se que cada consumidor tem por objetivo escolher o padrão de consumo que lhe é preferido a todos os outros padrões acessíveis, e que a firma tem por objetivo a obtenção de lucro máximo;
Por último, presume-se que o sistema econômico oferece limites para a obtenção dos objetivos perseguidos pelos agentes econômicos. Esses limites consistiriam na escassez relativa dos recursos produtivos ou fatores de produção diante das necessidades dos agentes. Essa última hipótese adotada é chamada, notadamente nos livros de introdução à economia, de lei da escassez (que vimos em aulas anteriores) (VASCONCELLOS, OLIVEIRA e BARBIERI, 2011).
Em nível de empresas, a análise microeconômica pode subsidiar as seguintes decisões:
Em nível de política econômica, a Teoria Microeconômica pode contribuir na análise e tomada de decisões das seguintes questões:
Como se observa, são decisões necessárias ao planejamento estratégico das empresas e à política e programação econômica do setor público.
Nesta aula estudamos sobre as diferenças entre Macro e Microeconomia. Para complementar o seu aprendizado assista a esse vídeo.
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